Doença de Coats

11/05/2024 12:00

A doença de Coats recebeu esse nome em homenagem ao oftalmologista britânico George Coats, que foi o primeiro a descrever a condição de forma detalhada em 1908. George Coats estudou extensivamente as alterações vasculares da retina e as características distintas da doença, incluindo a exsudação e o descolamento retiniano. Ele notou que a condição afetava predominantemente jovens e era caracterizada por alterações anormais nos vasos sanguíneos retinianos, levando ao acúmulo de fluido sob a retina.

A doença de Coats é uma condição rara e não hereditária que afeta principalmente os vasos sanguíneos da retina, a parte do olho responsável pela visão. É mais comum em crianças e adolescentes, principalmente em meninos. A doença de Coats pode levar à perda de visão devido ao acúmulo anormal de líquido sob a retina e ao crescimento descontrolado dos vasos sanguíneos.

Achados Radiológicos

Os principais achados radiológicos na doença de Coats são visíveis através de exames de imagem do olho, como a tomografia de coerência óptica (OCT) e a angiografia com fluoresceína. Aqui estão alguns dos achados típicos:

  1. Exsudatos Subretinais:

    • Acúmulo de líquido amarelo-branco sob a retina, que são depósitos de lipídios e proteínas que vazam dos vasos sanguíneos anormais.
  2. Telangiectasia Retiniana:

    • Vasos sanguíneos anormalmente dilatados e tortuosos na retina, que são mais facilmente observados através da angiografia com fluoresceína, onde aparecem como áreas de vazamento de contraste.
  3. Descolamento de Retina Exsudativo:

    • Separação da retina do epitélio pigmentar subjacente, causada pelo acúmulo de exsudatos e fluidos.
  4. Massas Subretinais:

    • Acúmulo de material exsudativo que pode aparecer como massas elevadas sob a retina nos exames de imagem.
  5. Hemorragias Retinianas:

    • Pequenas hemorragias podem ocorrer devido à fragilidade dos vasos sanguíneos afetados.

A doença de Coats é progressiva e, se não tratada, pode levar a complicações graves como glaucoma neovascular e perda irreversível da visão. O tratamento geralmente envolve a fotocoagulação a laser para selar os vasos sanguíneos com vazamento e, em casos mais avançados, pode incluir vitrectomia para remover o sangue e o fluido do olho.