Anastomoses carótido-basilares

07/05/2024 12:00

Anastomoses carótido-basilares são conexões congênitas ou adquiridas entre o sistema carotídeo e o sistema basilar. Essas conexões são importantes variantes anatômicas ou podem ser respostas compensatórias a patologias que obstruem o fluxo sanguíneo normal. Os principais tipos de anastomoses carótido-basilares incluem a Artéria de Hipoglosso, Artéria Ótico, Artéria Trigeminal Persistente e Artéria Proatlantal Tipo I e Tipo II. Aqui está uma descrição e diferenciação dos principais achados radiológicos de cada subtipo:

1. Artéria de Hipoglosso

  • Achados Radiológicos:
    • Origina-se da artéria carótida interna no nível da C1 ou C2.
    • Passa medialmente ao nervo hipoglosso e, frequentemente, entra no crânio pelo canal do nervo hipoglosso.
    • No angiograma, é observada como uma fina linha de contraste que se projeta para o sistema vertebrobasilar.

2. Artéria Ótico

  • Achados Radiológicos:
    • Origina-se da porção cavernosa da artéria carótida interna.
    • Entra no crânio através do canal óptico junto ao nervo óptico.
    • Na angiografia, essa artéria apresenta um trajeto sinuoso ao longo do nervo óptico, conectando-se ao círculo arterial cerebral.

3. Artéria Trigeminal Persistente

  • Achados Radiológicos:
    • Origina-se também da porção cavernosa da carótida interna, porém segue o trajeto do nervo trigêmeo.
    • A artéria pode ser visualizada entrando na cavidade craniana através do ápice petroso (parte do osso temporal).
    • Angiograficamente, destaca-se pela associação com o nervo trigêmeo e pode ser visualizada estendendo-se até a porção basilar da artéria cerebral posterior.

4. Artéria Proatlantal Tipo I

  • Achados Radiológicos:
    • Esta é uma anastomose entre a artéria carótida externa e a artéria basilar.
    • Passa anterior ao processo transverso do atlas.
    • Na angiografia, observa-se a conexão entre as artérias carótida externa e vertebrobasilar através da primeira vértebra cervical.

5. Artéria Proatlantal Tipo II

  • Achados Radiológicos:
    • Similar ao Tipo I, mas a conexão é entre a artéria carótida interna e a artéria vertebral ou basilar.
    • Passa também anterior ao processo transverso do atlas.
    • A angiografia mostra uma trajetória que une a carótida interna diretamente ao sistema vertebrobasilar, também através da região do atlas.

Essas variantes são geralmente achados incidentais durante estudos de imagem realizados por outros motivos. No entanto, seu reconhecimento é crucial para procedimentos neurointervencionistas e cirurgias na região cervical ou craniana, para evitar complicações vasculares. A angiografia continua sendo o método de escolha para uma visualização detalhada dessas anastomoses.