Síndrome de Morning Glory

21/04/2024 12:00

A síndrome de Morning Glory é uma rara malformação congênita do disco óptico, que recebe esse nome devido à sua semelhança com a flor "morning glory". Os principais achados radiológicos são geralmente observados através de exames de imagem como a tomografia computadorizada (TC) e a ressonância magnética (RM) do cérebro e órbitas.

Principais Achados Radiológicos da Síndrome de Morning Glory

  1. Tomografia Computadorizada (TC) e Ressonância Magnética (RM) do Disco Óptico:

    • O disco óptico apresenta uma aparência de "funil" ou "taça", com uma escavação profunda e ampliada.
    • Há um aumento do diâmetro do disco, com margens que podem ser irregulares ou mal definidas.
  2. Tomografia Computadorizada (TC) e Ressonância Magnética (RM) de Órbita:

    • Pode-se observar a presença de tecido glial dentro do disco óptico.
    • Ausência de outras estruturas normais do disco óptico, como a lamina cribrosa, que normalmente é visualizada como uma linha fina no disco óptico.
  3. Ressonância Magnética (RM) - Imagens de Trato Óptico:

    • Em alguns casos, pode haver anomalias associadas no trato óptico e no quiasma óptico.
    • As anormalidades associadas podem incluir hipoplasia ou ausência do trato ou quiasma óptico.
  4. Outras Considerações:

    • Em casos onde a síndrome de Morning Glory está associada a condições sistêmicas como a Síndrome de Moya Moya, podem-se observar achados vasculares intracranianos característicos dessa condição, como estreitamento dos vasos sanguíneos e formação de redes vasculares colaterais.

A síndrome de Morning Glory pode muitas vezes ser confundida com outras condições oculares que também causam alterações no disco óptico, como o glaucoma congênito e a coloboma óptico. No entanto, os achados radiológicos específicos, como a aparência em "funil" do disco e a presença de tecido glial, são distintivos e ajudam no diagnóstico diferencial.